Crônica: Flamengo 2 x 2 Botafogo (Brasileirão 2012)

Crônicas da Estrela Solitária

Esta é minha primeira crônica sobre o Botafogo de Futebol e Regatas, time que não escolhi, mas que me escolheu. Desde a mais tenra infância, eu sou botafoguense. Com todos os prós e contras que isso traz. Só quem torce pelo glorioso alvinegro carioca sabe do que estou falando. Da alegria à tristeza, da esperança à tragédia, a sina de ser botafoguense é algo difícil de explicar, mas imensamente forte de sentir. O amor, a raiva, a paixão, a crença, a fé, a dor, a alegria. Todos os sentimentos possíveis são experimentados pelo torcedor do Botafogo.

Temos ídolos, temos história, temos taças, títulos e conquistas. Temos um dos principais e mais tradicionais times do futebol brasileiro, sulamericano e mundial. Por ele passaram campeões cariocas, regionais, brasileiros, continentais e mundiais. Somos sem sombra de dúvidas especiais, somos alvinegros, somos Botafogo.   

O jogo de ontem pela última rodada do Brasileirão-2012 foi uma síntese de tudo o que vivemos durante este ano. Da esperança de renovação com a molecada no gol de Sassá, do vacilo em permitir o empate, de novamente jogar bem e se colocar novamente à frente do marcador com o gol de Vitor Júnior, e logo em seguida ver a vantagem ir embora com a igualdade no placar. Da vitória nas mãos ao empate sem gosto.

2012 foi mais um ano sem títulos, a última partida, mais uma partida sem vitória. Todos nós sabemos das limitações do nosso elenco, da nossa diretoria, do nosso técnico. Mas todos ainda sim acreditamos. O time está melhor, sem dúvida, estamos a três anos disputando a parte de cima da tabela, a três temporadas não sabemos o que é correr o risco de rebaixamento, estamos melhores. Mas por outro lado, estamos a três anos no quase. Quase título, quase libertadores, quase campeões.

Que essa seja uma fase de construção de um time campeão, conquistador de títulos, que seja uma fase de consolidação de um grupo. Temos a experiência de Seedorf, talvez no ano que vem teremos a volta de Loco Abreu. Temos Jeferson, uns do melhores goleiros da atualidade. Temos uma juventude que já mostrou a que veio, temos Gabriel, Jadson, Dória, Cidinho, Sassá e talvez tenhamos Bruno Mendes.

Que 2013 seja melhor que 2012, que conquistemos títulos, que conquistemos a tão sonhada vaga na libertadores, que o Botafogo jogue bem e encha os olhos e os corações de seus torcedores de alegria. 2012 começou como terminou, um ano empatado, nem pior e nem melhor, igual. Que 2013 seja diferente.

Por Wagner Teixeira