Mais um empate
Existem diversos tipos de
empates. Empate com gosto de vitória, empate com gosto de derrota, tem até empate
sem gosto nenhum. O empate em 0 a 0 em Moça Bonita foi desse último, aguado,
sem gosto, uma coisa terrível. O empate de domingo não. Eu diria que tiveram
vários gostos. O Botafogo jogou melhor e merecia a vitória, isso é inegável,
mesmo para o torcedor mais fanático do time adversário. Negar isso seria como
negar uma lei da física, como a gravidade, por exemplo, as coisas iam sair por
ai levitando, flutuando, pairando no ar. Mas jogar melhor e não fazer gol não
resolve nada. Ficou um gostinho de quero mais, quero mais gol...
Muitos torcedores são unânimes, o
problema é o solitário atacante, espremido entre os defensores adversários,
alguns chegam a dizer que se tivéssemos o Messi, o Pelé ou o Maradona naquele
lugar não ia resolver nada, o problema e o esquema tático, um 4 - 5 - - - 1 em
que o atacante é um eremita, um ermitão de tão isolado dos nossos meias. Talvez
soe um exagero, mas não sou o único que pensa, diz ou escreve isso.
Oswaldo de Oliveira tem que
agradecer todos os dias pela presença de Seedorf no time, ele é o cara, decide
mesmo, sem dó nem piedade. Tem experiência, força, inteligência e uma
personalidade fora de série. Em dois ou três lances resolveu o jogo, deu um passe
magnífico para o zagueiro matador Bolivar estufar as redes e empatar a partida.
Ficamos muito perto de fazer o segundo, que infelizmente não veio. Uma pena.
Agora uma coisa é certa, time em
que os zagueiros são os artilheiros, é porque tem alguma coisa errada. Terminamos
a terceira partida e o ataque do Botafogo está zerado. Foram quatro gols
feitos, apenas um sofrido, nossa defesa está se mostrando melhor, mas muito
melhor que nosso ataque, afinal de contas, ela levou apenas um gol e fez três,
é mole?
Que venha o próximo, que nosso
ataque desencante na próxima quarta-feira, espero escrever uma crônica sobre
Bruno Mendes e seus gols, vai lá garoto!
Por Wagner Teixeira
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