segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Crônica: Botafogo 3 x 0 Duque de Caxias (Carioca 2013)


Dos 30 anos sem Mané à centésima vitória no Engenhão


Nunca vi um jogo ao vivo de Garrincha, nunca vi o Mané jogar em tempo real. Mas vi muitos vídeos, li muitas crônicas e li uma biografia sobre ele. Não há dúvidas, o maior jogador de todos os tempos foi Mané Garrincha, ele jogava como se nunca tivesse saído de Pau Grande, todo jogo para ele era como uma das peladas que batia com seus amigos. O futebol era uma brincadeira, era tanta alegria que contagiava a todos que o viam jogar, não é à toa que Garrincha era a “Alegria do Povo”, a alegria de um povo que sorria ao vê-lo brincar em campo, driblando seus adversários, fazendo seus passes precisos e balançando as redes.

Foi no tempo de Garrincha, dos anos 1950 aos anos 1960, que o Botafogo conheceu um de seus melhores momentos, com um time forte, competitivo, que encantava o público. Mas, sobretudo, um time que conquistava títulos, campeonatos cariocas, torneios Rio-São Paulo, um campeonato nacional e a melhor campanha do Botafogo numa Libertadores, na qual chegou invicto na semi-final contra o Santos de Pelé e Pepe.

Garrincha merece eternamente nossas homenagens, não só a dos botafoguenses, mas de todos aqueles que gostam e admiram o futebol. Dono da camisa sete no Botafogo e na seleção brasileira, Garrincha é um eterno ídolo do futebol mundial. Morreu, infelizmente, vítima do alcoolismo. Nunca conseguiu se curar dessa doença, depois de driblar e enganar tantos marcadores, essa ele não conseguiu passar, essa lhe derrubou pra valer. Há 30 anos o anjo das pernas tortas nos deixava, uma parte da magia, da arte, da beleza e do encanto do futebol foi com ele. Adeus Mané!

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O Botafogo demorou um pouco a engrenar, até os 17 minutos nenhum chute a gol, o que é normal em início de temporada, mas em pouco mais de dez minutos matou a partida. Sobre os gols, algumas questões. Primeiro: o ataque não fez nenhum gol, o jovem Henrique não começou bem, talvez o nervosismo da estréia, talvez a posição que não é a dele, mas ficou devendo. Segundo: dois gols dos nossos zagueiros, ótimo ter zagueiros que façam gols, mas...Terceiro: Todos os três gols originados de bola parada, isso deve ser um ponto forte, mas a criação de jogadas que nos levem ao gol é fundamental contra times mais fortes.

Os melhores em campo na minha opinião: Andrezinho, Lodeiro e Gilberto. O primeiro foi seguro o tempo todo, organizou os ataques, fez um gol e participou dos outros. Lodeiro esteve muito bem, articulado, chamando a bola, se movimentando bem. O garoto que substituiu Lucas na lateral direita foi uma grata surpresa, esperto, inteligente, com bom passe, rapidez e por pouco não foi recompensado com um.

O time começou bem a temporada, matou a partida no primeiro tempo e administrou o segundo, poderia ter enfiado uma goleada, mas resolveu recuar e se poupar. Os grandes ausentes da noite: Seedorf e Loco Abreu. O holandês está sendo poupado e o uruguaio voltou para o Uruguai, faz falta, pra mim ele tinha lugar no time e na ausência de Bruno Mendes seria uma ótima opção. Uma pena, meu filho de seis anos ficou triste com sua saída. Adeus Loco!

Por Wagner Teixeira

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